Setembro Amarelo: Psicólogas do Instituto realizam ação de valorização da vida e prevenção ao suicídio
O Instituto Otovida se uniu à campanha Setembro Amarelo, movimento nacional de prevenção ao suicídio e valorização da vida, com uma ação especial promovida pelas psicólogas da instituição, Nathália Silveira e Rhadija Lohn. O objetivo foi simples e profundo: oferecer informação, acolhimento e afeto por meio de pequenos gestos.
Ao longo dos dois últimos dias do mês, pacientes e colaboradores foram convidados pelas profissionais a parar por alguns minutos para refletir sobre o tema e contribuir com uma mensagem de apoio. A proposta era escrever, à mão, uma palavra ou frase de conforto, incentivo ou acolhimento destinada a qualquer pessoa que esteja enfrentando momentos difíceis.
“Realizamos a dinâmica no final do mês de forma intencional, com o intuito de provocar a reflexão de que essa temática não deve ser abordada apenas em um único mês. Falar sobre saúde mental é uma pauta que deve ser discutida durante o ano todo”, explica Rhadija Lohn.
Um mural de afeto e cuidado
As mensagens foram registradas em corações de papel amarelo, simbolizando empatia e esperança. Os corações foram fixados em um mural montado na sede do Instituto, que logo se encheu de palavras e frases gentis, lembrando que ninguém está sozinho.
“Iniciativas como essas dentro de empresas é fundamental para abrir espaço de conscientização, discussão e identificação de contextos de sofrimento no corpo colaborativo” afirmam as psicólogas
Nathália destaca também que uma campanha responsável de prevenção ao suicídio exige contato humano, acolhimento e escuta ativa:
“Ajudar alguém em sofrimento mental grave pode ser muito mais sobre ouvir com disponibilidade, interesse e atenção o que a pessoa tem a dizer do que apontar um caminho. Precisamos construir uma cultura de acolhimento e empatia no nosso cotidiano”.
Um doce gesto e um abraço sincero
A ação também contou com a distribuição de flyers informativos sobre a campanha Setembro Amarelo, acompanhados de uma bala — um pequeno mimo simbólico, representando leveza e carinho no dia a dia. Mas talvez o gesto mais marcante e efetivo da ação tenha sido o mais simples: abraços.
Com placas penduradas no pescoço com os dizeres “Abraço Grátis”, as psicólogas caminharam pelo Instituto oferecendo esse gesto tão humano e poderoso. Quem aceitava o convite recebia abraço duplo, das duas profissionais — uma lembrança de que o toque, o olhar e a presença também são formas de cuidado com a saúde mental.
“Nossa intenção foi mostrar que não é preciso muito para demonstrar cuidado. Um abraço, uma palavra, um gesto podem fazer toda a diferença para quem está enfrentando um sofrimento silencioso.”, destaca Rhadija Lohn
Saúde mental importa. Falar é a melhor prevenção
O Setembro Amarelo é uma campanha nacional iniciada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Seu principal objetivo é combater o estigma sobre os transtornos mentais, estimular o diálogo aberto sobre o sofrimento emocional e chamar atenção para os sinais de alerta em relação ao suicídio.
Nathália destaca que esse tema é universal e exige um olhar multifatorial que diz respeito ao estilo de vida que levamos:
“No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos. Estamos adoecendo coletivamente. Basta ver também os índices de afastamentos no trabalho em decorrência de problemas mentais e emocionais. Isso é resultado, muitas vezes, de jornadas excessivas de trabalho, ausências de pausas, privação de sono e descanso, acesso precário à saúde, má alimentação e pouco lazer. Condições fundamentais para o bem-estar humano”.
Ela complementa que a psicoterapia, apesar de ser um recurso importante, nem sempre é acessível para todos:
“Falar sobre prevenção ao suicídio é muito mais sobre incentivar a construção de redes de apoio sólidas, reivindicar nossos direitos, abrir espaços para discutir entre nós as angústias, desmistificar o padrão de sucesso e juntos tentarmos dar novos rumos à vida”, conclui.
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